sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Concurso de Samba Enredo da Leões da Mocidade

Noite de festa e exaltação à majestade, o “SAMBA”. PEABIRU – “Yvi Mara’ey, eu vou pelo caminho do Sol” é o enredo que a Leões da Mocidade vai levar para avenida em 2018. No último dia 20/12 finalizamos o concurso de samba-enredo com três composições concorrentes: 1. Wilsom Paulino e Flavinho Bento; 2. Mestre Rogério, Fábio BK e Big Ernani; 3. Rugelson. Após as belas apresentações veio o anúncio do hino do Carnaval 2018, por apenas 1,5 de diferença o samba consagrado campeão foi o da parceria Wilson Paulino e Flavinho Bento. Na festa o carnavalesco Márcio Marins de Jagun lembrou que o “samba” é patrimônio cultural, e homenageou as agremiações de Curitiba e Região Metropolitana que continuam na resistência pela cultura popular: Mocidade Azul, Acadêmicos da Realeza, Embaixadores da Alegria, Imperatriz da Liberdade, Internautas de Pinhais, Unidos de Pinhais, Império Real de Colombo, Enamorados do Samba, Bloco Boêmios da Madame, Bloco Fogosa e a anfitriã a Leões da Mocidade. Salve o samba campeão e seus compositores, os sambas e compositores que chegaram na fase final do concurso, Mestre Sesóstris Filipe, Bateria Bafo dos Leões, a toda Diretoria e componentes da Leões da Mocidade, colaboradores e as convidadas e convidados da noite!

domingo, 24 de setembro de 2017

   

 Bateria Bafo dos Leões

Em reunião com a Diretoria, integrantes da Bateria e Passistas de nossa Escola, foi apresentado Mestre Sesóstris, jovem promessa do Carnaval de Curitiba, para comandar a Bateria Bafo dos Leões.
     Mestre Sesóstris, que desfilou pela Leões da Mocidade há anos atrás, após comandar a Bateria Iluminada da Imperatriz da Liberdade por alguns anos, retorna a Família Leões para preparar nossa Bateria para o Carnaval 2.018.
    


 Lançamento do Enredo Carnaval 2018


 
    Todo caminho nos leva a algum lugar, seja por vales, rios, montanhas ou simplesmente em sonhos. E é aí onde começa nossa história, agregando todas essas geografias, temperadas com o elemento onírico da imaginação.
     Muitos historiadores pesquisaram esse caminho, uns argumentam que servia de rota para comércio entre os Incas, Guaranis, Caingangues e Xetás; (esses três últimos "donos" da região do Paraná); já outros, argumentam que se tratavam de pequenos trechos que serviam de ligações entre povos. Porém, vamos ficar com a primeira tese; já que a grandeza dessa rota alimenta o inconsciente coletivo não somente de nós, brasileiros, mas todos nossos irmãos a oeste da nossa nação.
     Em termos geográficos, tudo começa em Cusco, capital do império Inca. Uma civilização que perdurou por mais de quatro mil anos, mas que teve seu ápice nos séculos XV e XVI, na conhecida “era de ouro do império”. Seguindo rumo ao sul, o caminho do sol, como também era chamado, passa pelo mais alto deserto da terra, o Atacama, transpondo assim o lago Titicaca, trecho em que se encontram as ilhas do Sol e da Lua. Chegando na Bolívia, mais exatamente a Potosí, encontramos as famosas minas de prata e estanho, riquezas tão cobiçadas pelos invasores espanhóis. 
     Na sequência, seguindo em direção ao Paraguai passa-se pela região dos chacos e pantanal com suas riquezas naturais e biodiversidade ímpar; cruzando assim, o rio Paraná e finalmente alcançando a "Terra sem Mal – Ivy Mara’ey". Já nesse trecho, orienta-se em direção leste passando pela atual cidade de Peabiru até chegar em Castro. A partir daí vários ramais dividem a rota. O primeiro segue sentido o litoral paulista; o outro, desce até Vila Velha chegando finalmente aos jardins suspensos do primeiro planalto, a terra de CORE-E-TUBA.
     Muitos foram os ícones deste caminho, dentre eles podemos citar João Aleixo, náufrago espanhol, mas de coração catarinense, que com simpatia e diplomacia conquistou os índios carijós da então terra de Meiembipe (atual Florianópolis). Nove anos após sua estada e já dominando a língua dos índios, convenceu os lideres de sua aldeia e reuniu um "exército" partindo de Santa Catarina cruzando o território da terra sem mal (Paraná), adentrando o Paraguai chegando até Potosí, em busca das riquezas as quais os índios guaranis tanto falavam.
     Outra personagem foi Pai Sumé, lendário ser da floresta tão respeitado pelos povos indígenas. Esse ser lendário de barba e cabelos brancos falava uma língua desconhecida. Possuía o dom da cura e a arte da pesca e ensinava várias técnicas de agricultura e a habilidade de transformar mandioca em farinha. Já no imaginário dos europeus, que chegaram nas missões jesuítas, ele era reconhecido como São Tomé, apóstolo cristão que teria viajado para a Índia, mas que de alguma forma misteriosa acabou aportando em terras tupiniquins.
     E finalmente, a mais enigmática personagem deste enredo, o Inca Redentor; herói mitológico que representa o espírito de luta e liberdade de um povo. Reza a lenda que quando os espanhóis no processo de conquista do território, tentaram exterminar todos os líderes subjugando-os à condição de vassalos, por meio da força de fogo e opressão. Um líder não se deixou sucumbir, retirando-se para terras sagradas e preservando assim a tradição. Uma profecia foi lançada em cima deste fato; quando os povos Ameríndios abaixo da linha do equador se unissem contra seus algozes estrangeiros, o seu retorno ocorreria numa grande festa popular com dança, música e pantomima. Uma verdadeira "ópera" representada aqui, em forma de carnaval. Toda iniquidade, sofrimento e sujeição seriam extirpados do egrégora coletivo destes, emergindo assim a verdadeira consciência ameríndia, trazendo consigo o esplendor da felicidade e igualdade entre homens e mulheres, deuses e humanos, e os habitantes que aqui aportaram pela imigração.
     Peabiru significa "capim amassado", gramínea que não passa de 10 cm de altura. Sua característica peculiar é que identifica a rota, apesar de que em certas regiões o caminho era feito de pedras devido a topografia. Falar deste caminho lendário daria várias páginas e quem sabe um livro, como os diversos já publicados. Porém, nós da Leões da Mocidade, fizemos um pequeno "recorte" desta página da história, trazendo uma rota sagrada, parte do imaginário que une povos e lendas; e convidamos toda a comunidade a caminhar em sonho, dança, música e exaltação, por uma passarela   existente dentro de cada um de nós: A busca da harmonia e felicidade entre todos os po
vos.